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Atividades

CURSOS: As nossas atividades incluem cursos de Arqueologia e colaboração com outros Departamentos no tocante a cursos em áreas afins e de outra maneira do nosso interesse. Atualmente estamos estruturando o Curso de Especialização em Arqueologia, pelos Departamentos de História e de Antropologia da UFRN, em colaboração com a UERN.
 

 

PALESTRAS: Proferimos palestras em diversos locais para promover a preservação do Patrimônio Arqueológico, noticiamos as palestras, cursos e exposições de outros setores que sejam de interesse para nós. São reportados no nosso Boletim.
 


PATRIMÔNIO: Temos um amplo programa de Preservação do Patrimônio Arqueológico em colaboração com outros órgãos envolvidos com o mesmo objetivo. Veiculamos notícias suas sobre as descobertas fortuitas e projetos de salvamento e preservação. Também temos um projeto de elaboração de um acervo de sítios arqueológicos em conjunto com outras instituições idôneas. Essas atividades são reportadas no nosso Boletim.
 


BIBLIOGRAFIA: Mantemos ativa uma bibliografia da Arqueologia do Rio Grande do Norte e tópicos afins. 
 


PROJETO ETNOGRAFIA DIACRÔNICA: No Projeto Etnografia Diacrônica, queremos, juntamente com colegas interessados, confeccionar ou participar na confecção de esboços etnografias diacrônicas, enfatizando a infra-estrutura de economia, tecnologia e relações ambientais, além dos aspectos organizacionais e ideológicos e de organização do espaço, assuntos que antropólogos brasileiros normalmente limitem ou ignoram nas suas etnografias, e exatamente o que o arqueólogo precisa para ajudá-lo a interpretar culturalmente os seus dados. Apresenta culturas de grupo ou povos brasileiros ou relevantes, sejam de caçadores e coletores, horticulturistas, especialistas em produtos aquáticos, chefias ou civilizações.
            Incluem-se informações pluridisciplinares, usando dados arqueológicos, lingüísticos, etnográficos e históricos, Não é nada que um indivíduo faz sozinho, requer trabalho em conjunto. Se bem que já fizemos, e vamos publicar na nossa série, um estudo de uns grupos de caçadores-coletores em bandos da Grande Bacia da America do Norte, desde pré-contato até os contextos das "comunidades de contato" e as adaptações ou etnocídios resultantes – os povos de fala shoshone. 
            Provou ser uma coisa muito útil para fins didáticos, pois os princípios ensinados na Antropologia saem do contexto estático do livro de texto para adquirir vida no contexto dinâmico da sua operação dentro de sistemas socioculturais vivos. 
            Em meados da década de 1960, em Rio Claro, começamos a desenvolver estudos etnográficos diacrônicos como um veículo didático, e deu mito certo – o aluno aprende melhor mais princípios antropológicos vistos “no vivo”. Só que ninguém no Brasil faz etnografia a não ser que no campo, a única exceção sendo os estudos de Florestan Fernandes, dos Tupinambá. E, o seu estudo não era diacrônico, sendo uma reconstrução documentária do “presente etnográfico”. 
            O antecedente desta abordagem diacrônica foi a nossa participação, na Universidade de Arizona, num seminar dirigido por Edward H. Spicer e, posteriormente, publicado como Perspectives in American Indian Culture Change, pela University of Chicago Press em 1961. 
            Devido ao nosso interesse na etnologia do Noroeste da America do Norte e as suas culturas de pescadores especializados nos estudos na Universidade de Washington, em Seattle, e do Sudoeste do mesmo continente durante os estudos na Universidade de Arizona, incluímos na nossa coletânea Dez Mundos, Aventuras em Etnografia Dinâmica, as culturas Salish Costeira, Tlingit e Coeur d’Alene do Noroeste e Pueblo, Návaho, Yaqui, e Pima do Sudoeste, além de Shoshone dos dois. 
            A abordagem fundamental é uma série de retratos instantâneos, como estágios numa evolução, usando o “Método de Variação Concomitânte” (ou “Covariação”) e “Comparação Controlada” onde se procura definir as condições limites dentro das quais os fenômenos acontecem.
            Deste ponto de partida aumentou ainda mais o nosso interesse em Processo Cultural e Teoria, tentando desvendar os por quês de certas mudanças culturais que a Teoria de Sistemas chama de retroação positiva com transformação morfogenética. Aquele, por exemplo, que conduziu povos pescadores de se tornarem sedentários e desenvolver comércio, chefias e, eventualmente, talassocracias.
            Em outra indagação, queremos saber o verdadeiro significado de caçadores-coletores sedentários e como acontece? No que resulta, e em quais condições? Qual é o papel do uso de produtos aquáticos na grande distinção entre as duas grandes tradições horticultores do Brasil pré-histórico e, onde e como originaram? Por que uma dessas tradições depende basicamente de tubérculos cultivados, propagados por clonagem (plantar maniva) para os carboidratos e produtos aquáticos para proteínas, enquanto o outro favorece safras semeadas com animais terrestres respectivamente? Como é que isto se relaciona com a teoria de Karl Sauer em Agricultural Origen and Dispersals? 
            Qual é a relação entre as culturas dos povos dos sambaquis e as dos seus vizinhos caçadores e coletores do interior que se mudaram para horticulturistas e adotaram a cerâmica, enquanto os sambaquianos não fizeram isto? Por que os sambaquianos, em vez de expandir para o interior, ficaram num estado de “eficiência primária litorânea” até serem substituídos por horticultores tupiguarani? O que provocou os pescadores especializados Salish a subir os rios e se expandir no interior, com menos recursos de que o litoral, e se expandir a custo dos caçadores-coletores já estabelecidos lá, enquanto os sambaquianos não o fizeram? De que modo isto podia se relacionar com o fato de que horticultores Guarani entraram nas matas e serras no oeste do Paraná e abandonaram a horticultura, se tornando caçadores e coletores? Como é que os povos dos sambaquis desenvolveram a tecnologia da pedra polida praticamente antes de qualquer outro povo no mundo? Por que a tecnologia manifestada pelos povos do Arcaico é mais aprimorada de que a de povos posteriores?
            Qual é a natureza da grande densidade demográfica no urbanismo espraiado das sociedades Pré-históricas da Amazônia? Como é que emergiu tal padrão de urbanismo, tão diferente das nossas expectativas de o que o urbanismo deve ser, e como sobreviveu até a introdução das doenças de origem extracontinentais pelos europeus navegando na Bacia Amazônica? De acordo com os meus cálculos, baseado em dados históricos, de 73% a 74% do contingente populacional de um povo americano desaparece nos primeiros dois anos após contato. Quais são os efeitos culturais e organizacionais que seguem tal acontecimento e, quais as medidas adaptativas e em quais condições? 
            Como e porque aconteceu a aparência de nômades equestres em simbiose com horticultores no pantanal e o seu desfecho - e o paralelismo com criadores nilotes e horticultores bantus na Africa Oriental?
Agora, tiramos Dez Mundos da prateleira, e preparamos uma nova versão de Shoshone, Sobrevivência no Cativeiro. Aqui se utilizam os fenômenos e os eventos para desenvolver e testar proposições teóricas, isto com algum controle das condições limites e das comparações. E, é com isto iniciamos, no Número Dois das nossas Publicações Avulsas. Para dar continuação, estamos fazendo outro sobre um povo pescador interiorano, de origem litorâneo, que se tornou, primeiro, caçadores de búfalo e, em seguida, fazendeiros de trigo. Em seguida, sairá um estudo de um povo com tecnologia especializada para lidar com o ambiente aquático que desenvolveu chefias descentralizadas com alta densidade demográfica – sem agricultura.
            Os resultados parciais desse projeto são reportados no nosso Boletim, e as monografias resultantes publicados na nossa série de Publicações Avulsas. 

 

Tom O. Miller



PUBLICAÇÕES: O Programa de Publicação da Associação Norte-rio-grandense de Arqueologia (ANA) visa trabalhos inéditos sobre a Arqueologia com ênfase no Rio Grande do Norte, e tópicos de interesse geral dentro dos nossos propósitos.
            A Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte gentilmente ofereceu a sua cooperação para publicar a REVISTA DA ANA e as PUBLICAÇÕES AVULSAS.
           

            Publicamos quatro séries: 
            (1) A Revista da ANA, um periódico dedicado às áreas do nosso interesse;
            (2) uma série de Publicações Avulsas, sendo monografias na área dos nossos interesses, inclusive teses, e etnografias diacrônicas;

 

            Adicionalmente, mantemos, dentro do nosso SITE:
            (3) Textos Didáticos, textos selecionados e, onde necessários, traduzidos, para uso na sala de aula. São leituras potencialmente difíceis de acesso para o aluno;
            (4) O Boletim da ANA, de notícias da ANA e outras novidades de interesse aos nossos sócios.


 

COMISSÃO EDITORIAL

Astolfo Gomes de Mello Araújo – MAE-USP
Antônio Carlos Sant’Ana Diegues – USP (aposentado) 
Tom O. Miller – UFRN (aposentado)
Márcia Vasques – UFRN (História)

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